Enquanto Doria cai em pesquisa, Alckmin celebra estratégia de “jogar sem bola” por 2018

Enquanto o prefeito parte para a ofensiva com uma agenda repleta de viagens e superexposição nas redes sociais, Alckmin age nos bastidores do partido. Como diz o diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Fausto, o governador “vai bem na partida mesmo jogando sem bola”, uma vez que é o “pole position” da legenda, tendo em vista que dentre os caciques da sigla ele seria o menos atingido pela Lava Jato – os outros nomes que disputavam a vaga são os senadores Aécio Neves e José Serra. “O Alckmin está na vida política há 40 anos, é um protagonista em São Paulo há mais de 20 anos. O prefeito tenta reduzir essa vantagem deliberadamente buscando uma exposição intensa, sobretudo nas mídias sociais, e viajando pelo país”, afirma Fausto. Só que a pesquisa revelou que esta estratégia de Doria cobrou um preço. Além do revés sofrido contra seu mentor na preferência do eleitorado tucano, o levantamento apontou uma queda em sua aprovação (de 44% em fevereiro deste ano para 32%) e um aumento no número de eleitores que rejeitam sua gestão (de 13% para 26%).