A Copa do despertar feminista de Marta: “O futebol feminino depende de vocês para sobreviver”

Marta jamais havia se apresentado como feminista nem aderido de forma tão contundente a pautas do movimento. Mas não era difícil ecoá-lo sendo dona de uma trajetória que espelha as desigualdades enfrentadas pela mulher, inclusive no esporte. Foi criada apenas pela mãe, depois que o pai abandonou a casa da família quando ela tinha um ano, e impedida de jogar futebol em sua cidade, no sertão de Alagoas. Seu primeiro salário na Europa era equivalente a 3.000 reais e até hoje, mesmo consagrada, ainda está muito distante de receber as milionárias cifras embolsadas pelos grandes craques do masculino. Chegou ao Mundial da França, o mais visto da história, sem nenhum contrato fixo de patrocínio, depois de recusar propostas que lhe ofereciam menos da metade do que já chegou a ganhar em outras temporadas.