Apesar do desempenho nada empolgante, Tite mantém um discurso de confiança. Porém, até mesmo o tom professoral, recheado de expressões técnicas que consagraram o vocabulário titês, como “extremos desequilibrantes” para se referir a pontas rápidos e habilidosos, dá indícios de desgaste. A eliminação para a Bélgica nas quartas do Mundial transformou o personagem por vezes cativante construído pelo treinador em uma caricatura que remete aos palestrantes motivacionais. Pressionado pela cultura resultadista e o imediatismo do futebol, embora resultados não sejam exatamente um problema na sequência de sete vitórias e um empate pós-Copa, Tite entende que o jogo sem brilho se encaixa em um processo de renovação da equipe. “O momento é de dar oportunidade aos jovens. Seria anormal se a gente tivesse dando espetáculo”, justifica o técnico.